Matéria publicada pelo site Vírgula em setembro de 2006.
Caio Mesquita é um santista de 16 anos que pode se considerar um fenômeno: conseguiu emplacar o disco Jovem Brazilidade entre os mais vendidos do Brasil. Até aqui, nada tão impossível. Mas isso, se Caio não fosse saxofonista e tivesse gravado um disco de música instrumental. Em meio à crise do mercado fonográfico devido à pirataria e altos preços, Caio consegui um feito e tanto. "Fiquei muito feliz por saber que um CD de música instrumental é um dos mais vendidos. Eu não esperava atingir essa posição em tão pouco tempo", disse o músico em entrevista por email ao Virgula. O público conheceu Caio em 2005, através do programa Raul Gil, no quadro Jovens Talentos. "Estava fazendo um show na minha cidade, a Jacqueline Müller, que era caloura, me convidou para tocar sax numa música que ela iria cantar. Fui diversas vezes acompanhá-la e depois fui convidado para participar do programa", conta ele, que ao saber da apresentação no programa, ficou nervoso. "Na primeira vez que me apresentei ao lado da Jacqueline fiquei com muito medo pois eu não podia falhar, era uma responsabilidade muito grande". Não demorou para que ele roubasse a cena do programa. A paixão pelo música começou cedo, aos 5 anos. Primeiro veio o piano e depois o encontro com o sax. "Quando ouvi a introdução da música Pense em Mim interpretada por Leandro e Leonardo, fiquei motivado para aprender a tocar sax. Tive a sorte de meu professor de piano saber tocar sax e ele me ensinou", diz Caio. No repertório do CD, clássicos da música popular brasileira, os favoritos de Caio, escolhidas junto ao maestro Djalma e Gil Jr. Estão lá, em versão inteiramente instrumental, Flor de Lis, Lilás (Djavan), Papel Machê (João Bosco), Wave, Garota de Ipanema (Tom Jobim), Arrastão (Vinícius de Moraes e Edu Lobo), Amor Meu Grande Amor (Angêla Rorô), entre outros sucessos. Algumas músicas ganharam arranjos especiais para o saxofone. Em agosto, Jovem Brazilidade chegou a ficar em primeiro lugar na lista de discos mais vendidos, deixando para trás nomes como Ivete Sangalo, Seu Jorge e Jota Quest. O jovem não deixa de agradecer e lembrar da família que sempre o apoiou a seguir e estudar música. "Meus pais são minha base, eles estão comigo o tempo todo", diz ele. Quantos aos fãs, Caio não tem reclamações. "As pessoas me parabenizam pelo meu trabalho. Fico muito feliz com esse reconhecimento!", diz Caio, que não acha que a carreira vai roubar tempo da sua juventude, pelo contrário. "Estou gostando de tudo que está acontecendo". Depois do CD, Caio já tem data marcada para a gravação de um DVD ao vivo, no dia 11 de outubro no Citibank Hall, em São Paulo. Antes disso, o saxofonista faz uma noite de autógrafos no dia 13 de setembro no shopping Fashion Mall, no Rio de Janeiro, e se apresenta no dia 23 em Ubatuba. Enquanto os shows não acontecem, Caio continua estudando e fazendo o que mais gosta: ouvindo e tocando música. "Gosto de ouvir de tudo. Acho que a mistura é que forma a identidade do artista", finaliza ele.
Créditos: virgula.uol.com.br
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